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Apoie a Missão África, 2017:

A aliança continua

 

 

Com uma série de mobilizações em várias partes do País, o Movimento Nação Pachamama e a ONG Pachamama lançam no Dia da Consciência Negra, uma campanha da Missão África 2017, com uma marca de identidade visual representada pelo baobá, conhecido por sua firmeza e se constituir em um dos símbolos do sagrado do continente africano.
A versão 2017 da Missão dá continuidade a ações em Cabo Verde e Senegal, com foco especial no vilarejo de Keur Baba Alima (Tivaouane/Senegal).


Em 2015, a comunidade de Keur Baba recebeu recursos financeiros para dar início à construção de uma escola para crianças, especialmente meninas, que têm poucas oportunidades de acesso à educação formal. Em novembro, sob a liderança da ONG Pachamama, e parceria com a instituição Madinatou Munawara, o posto de saúde do vilarejo recebeu remédios e pequenos equipamentos como estetoscópios, máscaras de vaporização, medidores de pressão arterial, e caixas contendo gazes.
Desta vez, a mobilização que começou agora em novembro tem como objetivo principal a compra de uma ambulância de segunda mão em bom estado de conservação. A aquisição do transporte atende a uma das principais reivindicações de Keur Baba, que tem encontrado muitas dificuldades em deslocar mulheres em trabalho de parto necessitando de cuidados hospitalares e outros casos de urgência.
A Missão também prevê o custeio de uma série de atividades em Cabo Verde na área cultural e social, em parceria com a ong brasileira Semente das Artes, voltadas para projetos sociais e ambientais, entre elas a Percussão Ambiental (percussão feita com instrumentos confeccionados com materiais recicláveis), biodança, permacultura, roda de sonhos, palestras, e ajuda para custeio de customização de blusas t-shirt por mulheres de comunidades carentes da Ilha de Santiago.
Parte dos gastos (transporte,alimentação e hospedagem) com o grupo que vai  para os dois países, deverá também ser coberto com o dinheiro arrecadado na campanha.
A Missão tem ainda por objetivo aprofundar o conhecimento e valorização da cultura africana e afro-brasileira, manter intercâmbios, fortalecer relações de amizade, carinho, solidariedade e cura de vínculos coletivos passados marcados pela escravidão negra.

 

 

 

 

Apoie a construção

da escola no Senegal

 

 

Esse projeto vai colaborar a longo prazo par a difusão da consciência ecologica, estreitar as relações entre o coletivo Nação Pachamama e a Aldeia Madinatu Munawara do Senegal e facilitar o diálogo inter-cultural África Brasil.

 

O que será feito:

 

1. Visita de 2 dos executores representantes da nação Pachamama à aldeia entre 11 e 16 de maio de 2015

2. Acompanhar a aquisição de cimento e outros materiais para a execução da etapa inicial da construção da escola

3. Fortalecer os laços com Comunidade Madinatu Munawara

4. Ajudar que meninos e meninas de maneira equânime tenham acesso à educação

5. Divulgar a cultura senegalesa no Brasil

 

 

 

Relato da Missão Senegal, Maio de 2015

 
Estar sendo porta voz da Nacion na Mama África não foi só uma aventura sagrada, senão uma graça poder estar entre eles e conviver com essa Mama Ancestral. Perceber que as diferenças trazemos dentro e que se nos alinhamos com a consciência inocente e desprovida de pudores e medos. Simplesmente somos mais um deles, vivendo entre eles. A maravilha já conhecida acontece. Voltamos a nos portar como seres humanos e isso é o que de melhor pode nos ocorrer. Descer à simplicidade e à disposição, enamorar de seus códigos com leveza e neutralidade de julgamento nos faz uno com eles e permitiu abrir uma porta de aproximação, de partilha das alegria desse ayllu. Vivem em clãs e tem uma sabedoria nata de convivência grupal. Comer com eles foi um verdadeiro saber do compartir, ao lado de uma grande bacia todos se acocam, ficam em roda, quase sempre um arroz temperado com legumes e ao centro, quando se tem, o peixe ou carne, donde todos comem juntos com as mãos.

Uma alegria, uma onda de integração se deu por não saber nada de sua língua. Motivo que poderia nos afastar, aproximou. Como rimos juntos e alargamos as formas de fazer corações se encontrarem e entenderem a humanidade inocente que nos une. Ficou invisível minha brancura, em momento algum senti-me descriminado. Dormi, comi, cantei, brinquei e trabalhei entre eles como um deles, sem regalias ou diferenciações, e isso me parece que transcende qualquer palavra e teoria sobre igualdade, pois quando as palavras não alcançam, a postura e o agir dizem muito mais e assim, nesse curto tempo que ali estive, uma grande abertura de coração a coração se deu, um passo mais. Entregamos 3.250,00 euros para a construção da escola.

Trouxe na mochila a gratidão desse povo, um olhar mais perto de sua realidade e alguns pedidos de ajuda, principalmente na área da saúde e o coração saudoso dessa família do outro lado do oceano... Mantenhamos nossos coracões ali e nossa ajuda também, pois sinto que caminhamos rumo a irmandade e não ao assistencialismo. Eles iniciaram uma campanha de 1 real, valor na moeda local, por semana, em que estarão arrecadando um valor pra dar conta das dificuldades com remédios no posto de saúde. Temos uma lista dos muitos dos remédios, quem puder ajudar é bem vindo, pois salvamos vidas. 

Então saibam que estamos apenas iniciando essa aliança, que nos trará pra perto o tempo matriarcal de Pangéia. Entre eles, em assembleia, estão sentindo em que podem nos ajudar como Ayni. Sim, que vão compartir conosco, assim ficou firmada nossa relação com esses irmãos que em meu sentir estão tao abertos e receptivos. 

Gracias por todas as mãos todas, aos que aportaram dinheiro com o qual juntos fomos comprar os materiais pra continuidade da construção das obras da escola, e toda energia posta nessa aliança. Aos que se moveram em fazer os desenhos e criaram uma ponte de ternura.

Ahhh.... Tantas alegrias e experiências que esse pequeno relato não alcança, assim me comprometo de ir escrevendo e compartindo o que passou nesse infinito espaco de tempo de milhões de instantes, que forma esses poucos dias que ali estivemos intimando e curando esses vínculos ancestrais. Quando digo que estivemos, falo de toda a Nacion Pachamama que estava em meu peito todo tempo.

Jerejef
Gratidão, em Oloff (língua da Aldeia)
Munay (um dos peregrinos que foram na Missão em Maio)

 

 

 

África

 

La Nación Pachamama é sem fronteiras - nem físicas, nem emocionis, nem culturais. É um jeito diferente de viver com que sonhamos em todas longitudes e  com todas as cores.

Nos demos conta, em Cabo Verde, que  o 6º continente com que sonha Misá, e, no Senegal, que "la famille elastique" de que falam nossos irmãos da Comunidade Madinatu Munawara, próxima de Dakar,  tem o mesmo anelo de vida com mais harmonia entre os seres vivos: de vida mais fraterna, menos individualista e com mais respeito a Pachamama.

 

Nós, de la Nación Pachamama, para iniciar uma aliança com la Mama África, la mama de las mamas, nos  demos as mãos com os irmãos de lá para juntos darmos vida a esse sonho comum.

Na Comunidade Rabelarte,  que simboliza a resistência cultural cabo-verdiana contra o sistema colonial, os  rabelados acolhidos  desenvolvem a cerâmica e a pintura em telas. Ali intentaremos fortalecer  ações conjuntas  de acompanhamento da saúde e da educação das crianças e dos adolescentes, que são a maioria da população.

 

Na aldeia Madinatu Munawara, o maior chamado ao serviço também ouvimos por parte das crianças, muitas delas sem lar. Há a demanda de somarmos forças para a construção de uma escolinha que abrigue, cuide e eduque 36 delas, a maioria meninas.

 

A ONG Pachamama  esteve presente nas ilhas de Cabo Verde  e no continente africano, onde está tecendo parcerias de mão dupla, pois sentimos que, se de um lado  temos muito a aprender da sabedoria avoenga do Velho Continente -  de como viver em comunidade, de sua arte, do respeito que nutrem à ancestralidade,  por outro, la Nación Pachamama está disposta a atender os gentis convites africanos para transmitir um pouco sobre o cuidado com la Madre Tierra sobre a educação com as crianças e para dialogar com os jovens, além de ganharmos todos com o precioso intercâmbio cultural entre América Latina e África.

 

Ações parceiras em Cabo Verde e no Senegal estão entre os planos de 2015 da ONG Pachamama. 

 

Venha, junte-se a nós com seu serviço individual ou grupal  neste intento maravilhoso  de vivermos todos  na Nación Pachamama!

 

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